"Precisamos parar com os mesmos itinerários, deixando de
ser vítima e relembrando o que corrói. Um pouco de impulso somado a pequenas
doses de respeito e sinceridade. Nada deve nos prender ao "passado" e as pessoas não vão
mudar. Continuar engolindo sapos e acreditando em mudanças que não ocorrerão é
assinar contrato de idiotice, curto e grosso. Para certos casos, o tempo
trabalha a nosso favor para que um dia seja possível a paz, sem ódio ou rancor, apenas compreensão.
Não
deseje nada. Feche essa página. Guarde esse livro. Comece outro e não use as
referências bibliográficas do anterior. Faça do dia de hoje
uma nova história. Para isso você vai precisar de um pouco de coragem. Não
precisa ser muito.
Também não pense no medo, em nada que sugira recuo. A
vulnerabilidade é um perigo, uma pedra no sapato. A solidão não é um bicho de
sete cabeças, e sim uma oportunidade para que você se conheça.
Dê-se ao luxo de fazer isso, apaixonar se por si.
Cuidar do seu jardim, esperar suas flores favoritas crescerem. Adornar os
canteiros. Tão logo os pássaros verdes estarão cantando todo amanhecer. E em
cada um deles você vai desfrutar das horas como se fossem suas últimas porque
podem ser. Se forem, que o saldo seja rendoso. Que você possa deixar como
memória todas as suas lutas vencidas não porque você derrubou oponentes, mas
porque enfrentou a si mesmo e as piores dificuldades.
Você ergueu a cabeça, não teve dó de você e tudo
suportou. Mas resistir é o antônimo de submissão. Anular suas crenças para se
amoldar ao mundo também é uma tolice. Nem lá, nem cá. Portanto não insista no
que já não serve mais. Tome posse daquilo que você merece,
o melhor, e aos poucos esse padrão de pensamento se impregnará no seu
subconsciente, fazendo com que você se sinta bem ao ponto de poder passar esses
humildes ensinamentos a mais alguém que esteja precisando deles.
A etapa mais
difícil da mudança é quando há a resistência dentro de você e o medo do incerto. Mas pode acreditar
que triste mesmo é não mudar porque não quer, porque acha que vai ser terrível.
Não, não vai."
-----------------------------------------------------------
Texto de Mary Princess com minha adaptação.