Água nos olhos

"O que uma caneta pode escrever quando o coração grita tão alto, ensurdecedoramente por causa da gratidão que é infinita na alma? 

Então, peço a Oxalá a sensibilidade que me permite perceber o que se encontra nas entre linhas, ou talvez entre cada letra que desenho sem esforço porque é, na verdade, muito mais do que eu. 

O que quero com a tinta no papel senão o perdão com a água nos olhos."

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Escrevi isto num segundo, não percebi.  

Lembro-me apenas da vontade de pegar caneta e papel.

4 de agosto de 2015.

Roberto Carquejo